quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Informações - Técnicas de Procriação Medicamente Assistida

Existem diversos problemas de infertilidade, tal como já referimos na publicação anterior. Assim, a Reprodução Medicamente Assistida (RMA), também designada como Procriação Medicamente Assistida (PMA) actua em vista a ajudar os casais inférteis.
Este processo consiste na utilização de diferentes técnicas médicas para combater casos de infertilidade:
1) Inseminação artificial  ou IUI (Intra-Uterine Insemination);

Inseminação artificial

Recorre-se à transferência mecânica de espermatozóides, selecionados previamente, de modo a serem utilizados os de melhor qualidade, Posteriormente, serão implementados no interior do aparelho genital feminino, na altura da ovulação.


2)Fertilização in vitro ou IVF (In Vitro Fertilization);

Fertilização in vitro

Inserem-se na mulher substâncias que estimulam a produção de oócitos para posteriormente serem recolhidos (por laparoscopia ou através de uma agulha na parede vaginal). Após a concretização do que já foi referido, recolhem-se oócitos da mulher e espermatozóides do homem para uni-los em laboratório.
Nesta técnica a fecundação dá-se a nível extracorporal (numa placa de Petri). No momento em que se iniciar a segmentação do zigoto/s, transfere-se o embrião/ões para o útero, para que se possam implantar e desenvolver, tal como na fecundação natural.

3)Injeção intra-citoplasmática de espermetozóides ou ICSI (Intra Cyto-Plasmatic Sperm Injection);

Injeção intra-citoplasmática de espermatozóides

Consiste na microinjeção de um único espermatozóide directamente no citoplasma de um oócito.
A implantação posterior do embrião no útero ocorre da mesma forma da técnica utilizada na Fertilização in vitro.
Em acréscimo, esta técnica permite escolher o espermatozóide a ser utilizado.

4)Transferência intra-tubárica de gâmetas ou GIFT(Gamete Intrafallopian Transfer);

Transferência intra-tubárica de gâmetas

O oócito, juntamente com o espermatozóide é trasferido para o interior das trompas de Falópio (local onde se dá a fusão).
Diz-me por isso, que apesar de ser uma técnica de procriação medicamente assistida, a fecundação ocorre in vivo.


5)Transferência intra-tubárica de zigotos ou ZIFT (Zygote Intrafallopian Transfer);

Transferência intra-tubárica de zigotos

Recolhe-se um oócito e um espermatozóide e juntam-se os dois in vitro, para que a fusão dos gâmetas se dê num meio com condições favoráveis.
Posteriormente, procede-se à implantação do zigoto no interior das trompas de Falópio (através de uma laparoscopia).


6)Diagnóstico genético pré-implantação, Biópsia de embriões ou PGD (Perimplantation Genetic Diagnosis);

Diagnóstico genético pré-implantação

Permite a análise de um embrião com 6 ou 8 células (blastómero) de modo a que se saiba a sua caracterização antes de ser implementado no útero. A partir deste diagnóstico diminui-se a probabilidade de ser transferido para o útero um embrião com aneuploidias.


7)Crioconservação de gâmetas e de embriões:

Crioconservação de gâmetas e de embriões

Consiste na conservação de embriões e/ou espermatozóides sujeitando-os a baixas temperaturas, por volta dos -196º C (de modo a ficarem congelados).  Esta técnica permite, assim,  que os embriões ou espermatozóides solicitados sejam utilizados futuramente.

Matias Osório, Martins Pedro; Biologia 12, parte 1; areal editores)


Informações - Infertilidade

A infertilidade é uma doença que atinge cerca de 15% dos casais europeus em idade reprodutiva. É de salientar que esta doença pode ter origem na mulher, no homem, ou em ambos, no entanto, na base dos diversos problemas desta doença podem constar distúrbios hormonais, malformações congénitas, fatores imunitários, ou problemas genéticos .
No caso da mulher, existem várias fatores que levam à infertilidade, tais como:
- Ovulação pouco frequente, ou ausência da mesma, caso os ovários não desenvolvam os oócitos ou não os libertem;
- Problemas anatómicos ou fisiológicos ao nível do aparelho reprodutor, como por exemplo, a ausência ou danos nas trompas de Falópio; ou obstrução do colo do útero;
- Inibição da nidação ou rejeição do embrião após esta fase.
1- Ovulação

No caso do homem, estes fatores estão aliados a:
- Baixa ou nula produção de espermatozóides;
- Gametogénese  anormal;
- Espermatozóides aparentemente normais não conseguem fecundar o óvulo;
- Tal como na mulher, problemas anatómicos ou fisiológicos ao nível do aparelho reprodutor, mas neste caso, quando existe obstrução dos canais por onde circula o esperma;
- Produção de espermatozóides de fraca qualidade, isto é, com baixa ou nula mobilidade.

2- Obstrução do canal deferente


Matias Osório, Martins Pedro; Biologia 12 parte 1; areal editores)

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